1-3No dia 15 do segundo mês após a saída do Egito, toda a comunidade de Israel saiu de Elim e foi para o deserto de Sim, que está entre Elim e o Sinai. E toda a comunidade de Israel foi reclamar com Moisés e Arão no deserto: “Por que o Eterno não nos deixou morrer em paz no Egito, onde tínhamos ensopado de carneiro e pão à vontade? Você nos trouxe a este deserto para matar de fome toda a comunidade de Israel!”
4-5O Eterno disse a Moisés: “Vou fazer chover pão do céu. O povo deverá juntar o suficiente para um dia. Eu os porei à prova para ver se vivem ou não de acordo com minhas instruções. No sexto dia, quando forem preparar o que recolheram, terão o dobro da quantidade diária”.
6-7Moisés e Arão disseram ao povo de Israel: “Esta noite, vocês saberão que foi o Eterno quem tirou vocês do Egito e, de manhã, verão a glória do Eterno. Ele ouviu suas reclamações contra ele. Saibam que vocês não reclamaram de nós, mas do Eterno”.
8Ele acrescentou: “O Eterno dará a vocês carne para comerem de noite e pão pela manhã, pois ele ouviu quando vocês reclamaram dele. Quem somos nós? Vocês não reclamaram de nós, mas do Eterno!”
9Moisés deu a seguinte instrução a Arão: “Diga a toda a comunidade de Israel: Aproximem-se do Eterno. Ele ouviu as suas reclamações’”.
10Quando Arão deu as instruções a toda comunidade de Israel, eles voltaram os olhos na direção do deserto, e ali estava a glória de Deus, visível na nuvem.
11-12O Eterno disse a Moisés: “Ouvi as reclamações dos israelitas; por isso, diga a eles: Ao entardecer, vocês comerão carne e de manhã terão pão à vontade. Assim, entenderão que eu sou o Eterno,seu Deus’”,
13-15Naquela noite, um grande número de codornas pousou no acampamento. Na manhã seguinte, havia uma camada de orvalho no terreno em volta. Quando a camada de orvalho desapareceu, uma camada de algo parecido com flocos, finos como a geada, cobria o chão do deserto. Os israelitas, ao ver o estranho fenômeno, começaram a perguntar uns aos outros: Man-hu? (“O que é isso?”). Eles não tinham a menor ideia do que era aquilo.
15-16Moisés explicou: “Isso é o pão que o Eterno providenciou para que vocês comessem, e estas são as instruções do Eterno: ‘Juntem o suficiente para cada um, cerca de um jarro por pessoa. Recolham o bastante para cada indivíduo de sua tenda’”.
17-18O povo de Israel começou a recolher o alimento. Alguns juntaram mais, outros juntaram menos, mas, quando mediram o que haviam recolhido, não estava sobrando para os que haviam juntado mais nem faltando para os que haviam juntado menos. Cada um havia recolhido a medida necessária.
19Moisés deu este aviso: “Não deixem sobrar nada para amanhã”.
20Mas houve alguns que não obedeceram a Moisés e guardaram um pouco para o dia seguinte, e o que havia sido guardado ficou cheio de bichos e cheirava mal. Moisés perdeu a paciência com eles.
21-22Eles recolhiam o alimento todas as manhãs, o necessário para cada um. Quando o sol ficava mais forte, ele se derretia. No sexto dia, juntaram o dobro de pão, cerca de dois jarros por pessoa. Os líderes da comunidade foram relatar a mudança a Moisés.
23-24E Moisés disse: “O que o Eterno falou foi o seguinte: ‘Amanhã é dia de descanso, sábado santo ao Eterno. Assem ou cozinhem hoje o que quiserem e guardem as sobras para amanhã’”. Eles guardaram o que sobrou para o dia seguinte, conforme Moisés havia ordenado. E, dessa vez, o pão não cheirou mal nem criou bichos.
25-26Moisés disse também: “Agora comam. Este é o dia, o sábado do Eterno. Hoje vocês não acharão nada. Durante seis dias, deverão juntá-lo, mas o sétimo dia é o sábado, e não haverá alimento para recolher nesse dia”.
27Mesmo assim, no sétimo dia alguns saíram para juntar o pão, mas não encontraram nada.
28-29O Eterno disse a Moisés: “Até quando vocês vão ignorar minhas ordens e instruções? Será que não percebem que o Eterno deu o sábado a vocês? Foi essa a razão de eu ter dado no sexto dia pão suficiente para dois dias. Portanto, fiquem em casa no sábado. Ninguém saia no sétimo dia”.
30E o povo deixou de trabalhar no sétimo dia.
31Os israelitas deram ao pão o nome de maná (O que é isso?). Ele era esbranquiçado e parecido com a semente do coentro. O gosto era de bolacha com mel.
32Moisés deu mais instruções: “Isto é o que o Eterno ordena: ‘Guardem um jarro cheio de maná, um ômer, para que as futuras gerações possam conhecer o pão com que os alimentei no deserto depois de tirá-los do Egito’”.
33Moisés disse a Arão: “Pegue um jarro e encha-o de maná. Coloque-o diante do Eterno. O maná deve ser conservado para as futuras gerações”.
34Arão fez o que o Eterno havia ordenado a Moisés, separando um pouco de maná e guardando-o com as tábuas da aliança.
35Os israelitas comeram maná durante quarenta anos, até chegar à terra na qual se estabeleceriam. Eles comeram maná até chegar à fronteira de Canaã.
36Pelos padrões antigos, um ômer corresponde à décima parte de um efa.