1-2Antes de tudo, havia a Palavra, a Palavra presente em Deus, Deus presente na Palavra. A Palavra era Deus, Desde o princípio à disposição de Deus.
3-5Tudo foi criado por meio dele; nada — nada mesmo! — veio a existir sem ele. O que veio à existência foi a Vida, e a Vida era a Luz pela qual se devia viver. A Luz da Vida brilhou nas trevas; as trevas nada puderam fazer contra a Luz.
6-8Houve um homem, chamado João, enviado por Deus para apontar o caminho para a Luz da Vida. Ele veio dizer a todos para onde olhar, em quem deviam crer. João não era a Luz; ele estava ali para mostrar o caminho para a Luz.
9-13A Luz da Vida era verdadeira; Cada pessoa que entra na Vida é conduzida à Luz. Ele estava no mundo, e o mundo existe por causa dele; mesmo assim, o mundo não o acolheu. Ele veio para seu povo, mas eles não o quiseram. Mas houve os que o quiseram de verdade, que acreditaram que ele era o que afirmava ser e que fez o que disse ter feito. Ele fez deles seu povo, os filhos de Deus. Filhos nascidos de Deus, não nascidos do sangue, não nascidos da carne, não nascidos do sexo.
14A Palavra tornou-se carne e sangue, e veio viver perto de nós. Nós vimos a glória com nossos olhos, uma glória única: o Filho é como o Pai, Sempre generoso, autêntico do início ao fim.
15João apontou para ele e disse: “Este é o Messias! O Messias que eu afirmei que viria depois de mim, mas de fato é superior a mim. Ele sempre foi maior que eu, sempre teve a primeira palavra”.
16-18Todos sempre vivemos de sua generosidade, recebendo dádivas, uma após a outra. O essencial veio por meio de Moisés; foi, então, que chegou esse exuberante dar e receber, Esse conhecer e entender sem fim — tudo veio por meio de Jesus, o Messias. Ninguém jamais viu Deus, no máximo fora um vislumbre. Foi, então, que essa Expressão única de Deus, que existe no próprio coração do Pai, se revelou, com a clareza do dia.
19-20Os judeus de Jerusalém enviaram um grupo de sacerdotes e oficiais para perguntar a João quem ele era, e João foi honesto com eles. Não disfarçou e contou a verdade: “Eu não sou o Messias”.
21Eles o pressionaram: “Quem é você, então? Elias?” “Não sou.” “O Profeta?” “Não.”
22Exasperados, perguntaram: “Quem, então?”. Precisamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Diga-nos alguma coisa — qualquer coisa! — a seu respeito”.
23“Eu sou um trovão no deserto: ‘Preparem um caminho reto para Deus!’. Estou fazendo o que o profeta Isaías anunciou.”
24-25Os que o interrogavam eram do partido dos fariseus, mas tinham sua própria pergunta: “Se você não é o Messias, nem Elias nem o Profeta, por que você batiza?”.
26-27João respondeu: “Eu batizo apenas com água. Uma pessoa que vocês não conhecem já está entre nós. Ele vem depois de mim, mas é muito mais importante. Na verdade, não sou digno nem de carregar a sua mala”.
28Essa conversa aconteceu em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
29-31No dia seguinte, João viu Jesus vindo em sua direção e exclamou: “Aqui está ele, o Cordeiro pascal de Deus! Ele perdoa os pecados do mundo! Este é o homem de quem falei. Aquele ‘que viria depois de mim, mas de fato é superior a mim’. Eu não sabia nada a respeito dele. Só sabia que minha missão era deixar Israel preparado para reconhecê-lo como o homem que veio nos mostrar Deus. É por isso que vim, batizando com água, dando um bom banho em vocês e limpando os pecados de cada um, para que pudessem ter um novo começo com Deus”.
32-34João fortaleceu seu testemunho, dizendo: “Vi o Espírito, como uma pomba voando pelo céu, fazendo dele sua morada. Repito, não sei nada a respeito dele a não ser isto: aquele que me autorizou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer batizará com o Espírito Santo’. Foi exatamente isso que vi acontecer, por isso digo a vocês, e não há dúvida: este é o Filho de Deus”.
35-36No dia seguinte, João estava de volta ao seu posto com dois discípulos, que observavam. Ele ergueu os olhos, viu Jesus caminhando e disse: “Aqui está ele, o Cordeiro pascal de Deus”.
37-38Os dois discípulos, ouvindo isso, passaram a seguir Jesus. Ele olhou para trás e perguntou: “O que procuram?” Eles disseram: “Rabi (que quer dizer ‘Mestre’), onde o senhor costuma ficar?”.
39Ele respondeu: “Venham e vejam vocês mesmos”. Eles foram, viram onde Jesus estava vivendo e ficaram ali o resto do dia, pois já estava anoitecendo.
40-42André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram o testemunho de João e que haviam começado seguir Jesus. A primeira coisa que ele fez depois de descobrir onde Jesus vivia foi procurar seu irmão, Simão, e dizer: “Encontramos o Messias.” (isto é, ‘o Cristo'). Ele imediatamente o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simão, filho de João? De agora em diante seu nome será Cefas” (ou Pedro, que significa “pedra”).
43-44No dia seguinte, Jesus decidiu ir para a Galiléia. Ao chegar, encontrou Filipe e disse: "Venha, siga-me”. (Filipe era de Betsaida, a mesma cidade de André e Pedro.)
45-46Filipe foi com ele. Mais adiante, encontrou Natanael e disse: “Encontramos aquele a respeito de quem Moisés escreveu na Lei, aquele anunciado pelos profetas. É Jesus, filho de José. Ele veio de Nazaré!”. Natanael perguntou: “Nazaré? Você está brincando!”. Mas Filipe insistiu: “Venha, veja você mesmo”.
47Quando Jesus viu Natanael se aproximar, disse: “Aí está um autêntico israelita, em quem não há falsidade”.
48Natanael estranhou: “De onde tirou essa ideia? Você não me conhece”. Jesus respondeu: “Um dia, bem antes de Filipe ir chamá-lo, vi você debaixo da figueira”.
49Natanael exclamou: “Rabi! O senhor é o Filho de Deus, o Rei de Israel!”
50-51Jesus disse: “Você acreditou porque eu disse que o vi debaixo da figueira? Você ainda não viu nada! Antes que esta história acabe, você verá os céus abertos, e os anjos de Deus descendo e subindo sobre o Filho do Homem”.