1-3Jacó seguiu viagem em direção ao povo do Oriente e chegou a um poço situado numa área aberta. Três rebanhos de ovelhas se aglomeravam à volta dele. Era daquele poço que os rebanhos bebiam, e ele estava coberto por uma pedra muito grande. Depois que todos os rebanhos chegavam, os pastores rolavam a pedra e davam água para as ovelhas. Em seguida, rolavam a pedra de volta para cobrir o poço.
4Jacó perguntou aos pastores: “Amigos, de onde vocês são?” Eles responderam: “Somos de Harã”.
5“Vocês conhecem Labão, filho de Naor?”, indagou Jacó. “Sim, conhecemos.”
6Jacó continuou perguntando: “Ele está bem?” Eles responderam: “Sim, muito bem. E ali está chegando Raquel, filha dele, trazendo o rebanho”.
7Jacó disse: “Ainda vai demorar para escurecer. Acho que ainda não está na hora de recolher as ovelhas, está? Deem água para os rebanhos e levem as ovelhas de volta ao pasto”.
8Eles disseram: "Não podemos fazer isso. Temos de esperar até que todos os pastores cheguem aqui. É preciso muita gente para rolar a pedra do poço. Só depois é que os rebanhos podem beber”.
9-13Enquanto Jacó conversava com eles, Raquel chegou com o rebanho do pai. Ela era pastora. Assim que viu Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, chegando com as ovelhas do seu tio Labão, Jacó rolou sozinho a pedra da boca do poço e deu água às ovelhas. Em seguida, beijou Raquel e se derramou em lágrimas. Contou à moça que era parente do pai dela, filho de Rebeca. Ela correu e contou tudo ao pai. Quando soube da novidade — Jacó, filho de sua irmã, estava na cidade! —, Labão correu ao encontro dele, abraçou-o, beijou-o e o levou para casa. Já acomodado, Jacó fez a Labão um relato completo da viagem.
14-15Labão reconheceu: “Você é meu parente, sangue do meu sangue!”. Depois de um mês que Jacó estava com ele, Labão propôs: “Você é meu sobrinho; por isso, não deve ficar trabalhando de graça. Diga-me quanto quer receber. Quanto seria justo?”
16-18Labão tinha duas filhas. Lia era a mais velha, e Raquel, a caçula. Lia tinha belos olhos, mas Raquel era de uma beleza impressionante. E Jacó amava Raquel. Jacó respondeu: “Trabalharei para você durante sete anos em troca de Raquel, sua filha mais nova”.
19Labão gostou da ideia: “Combinado! É muito melhor que eu a dê a você que mais tarde ter de concordar em que ela se case com alguém de fora. Fique aqui comigo”.
20Assim, Jacó trabalhou sete anos em troca de Raquel. Mas, para ele, pareceram poucos dias, porque a amava muito.
21-24No prazo acertado, Jacó disse a Labão: “Agora, quero minha esposa. Já cumpri minha parte do acordo. Estou pronto para consumar meu casamento”. Labão convidou toda a população local e deu uma grande festa. Mas, quando chegou a noite, foi Lia quem ele conduziu ao leito nupcial, e Jacó deitou-se com ela. (Labão deu a Lia uma escrava chamada Zilpa, para que a servisse.)
25Quando o dia clareou, lá estava Lia no leito nupcial! Jacó foi tomar satisfações com Labão: “Por que você me fez isso? Não trabalhei todo esse tempo em troca da mão de Raquel? Por que você me trapaceou?”
26-27Labão respondeu: “Não é assim que costumamos fazer aqui. Não damos a filha mais nova em casamento antes da mais velha. Aproveite sua semana de lua de mel, e darei a você também a outra. Mas isso custará mais sete anos de trabalho”.
28-30Jacó concordou. Ao completar a semana de lua de mel, Labão entregou Raquel a ele. (E deu a Raquel uma escrava chamada Bila, para que a servisse.) Jacó deitou-se com Raquel, e ele amava a Raquel mais que a Lia. Por causa dela, trabalhou mais sete anos para Labão.
31-32Quando o Eterno viu que Lia era menos amada, fez dela uma mulher fértil, enquanto Raquel era estéril. Lia engravidou e teve um filho. Deu a ele o nome de Rúben (Veja! É um Menino!). E disse: “Sem dúvida, é um sinal de que o Eterno olhou para a minha desgraça, um sinal de que agora meu marido há de me amar”.
33-35Ela engravidou outra vez. Teve outro menino e disse: “O Eterno soube que eu era menos amada e me deu este filho também”. E deu a ele o nome de Simeão (O Eterno Ouviu). Depois disso, engravidou mais uma vez: outro menino. E disse: “Quem sabe agora meu marido se afeiçoará a mim! Já lhe dei três filhos!” Por isso, deu a ele o nome de Levi (Afeição). Tempos depois, engravidou do quarto filho. E disse: “Desta vez, louvarei o Eterno”. E deu ao menino o nome de Judá (Louvado Seja o Eterno). E não teve mais filhos.