1-4O Eterno disse a Moisés: “Vá até o faraó e diga-lhe: ‘O Eterno, o Deus dos hebreus, diz o seguinte: Liberte o meu povo, para que me prestem culto. Se você se recusar a me ouvir e continuar a segurá-lo, estou avisando: o Eterno atingirá seus animais que estão no campo — cavalos, jumentos, camelos, gado, ovelhas — com uma grave doença. E também, desta vez, fará clara separação entre os animais de Israel e os do Egito. Nenhum animal dos israelitas morrerá”.
5O Eterno marcou a hora: “Isso acontecerá amanhã”.
6-7E foi o que o Eterno fez no dia seguinte. Todos os animais do Egito morreram, mas não morreu nem um só dos animais dos israelitas. O faraó enviou alguns homens para averiguar, e nenhum animal dos israelitas havia morrido, nem um sequer. Mesmo assim, o faraó continuou obstinado e não deu permissão para o povo sair.
8-11O Eterno disse a Moisés e Arão: “Peguem um punhado de cinza de uma fornalha, e Moisés deve jogá-la para o ar, bem diante dos olhos do faraó. Uma fina camada de pó vai cobrir todo o Egito e provocar feridas, uma praga de furúnculos que atingirá pessoas e animais em todo o país”. Então, eles recolheram cinza de uma fornalha e a jogaram para o ar, na presença do faraó. O pó fino fez brotar furúnculos nas pessoas e nos animais. Mais uma vez, os magos não foram capazes de competir com Moisés por causa dos furúnculos, pois eles mesmos estavam cobertos deles, como os demais habitantes do Egito.
12E o Eterno fez aumentar a obstinação do faraó. O rei do Egito se manteve irredutível, como o Eterno havia predito.
13-19O Eterno disse a Moisés: “Levante-se amanhã bem cedo, vá ao encontro do faraó e diga a ele: ‘O Eterno, o Deus dos hebreus, diz o seguinte: Liberte meu povo para que me prestem culto. Dessa vez, atingirei você, seus servos e seu povo com toda a minha força, para que você entenda que não há ninguém como eu em nenhum lugar da terra. Você sabe que eu já poderia ter eliminado você e seu povo com doenças mortais, sem deixar ninguém para contar a história. Mas eu o mantive vivo por uma única razão: fazê-lo reconhecer o meu poder, para que a minha reputação se espalhe por toda a terra. Você ainda está se fortalecendo à custa do meu povo e não o deixa sair. Mas isto é o que vai acontecer: amanhã, a esta mesma hora, enviarei uma terrível tempestade de granizo, como nunca houve no Egito desde a sua fundação. Portanto, abrigue seus animais, pois quando o granizo cair tudo que estiver ao ar livre morrerá — pessoas e animais’
20-21Os membros da corte do faraó que tinham respeito pela palavra do Eterno puseram seus escravos e animais em abrigos o mais rápido que puderam, mas os que não a levavam a sério deixaram seus trabalhadores e animais ao ar livre.
22O Eterno disse a Moisés: “Estenda as mãos para o céu. Dê o sinal para que o granizo caia sobre o Egito, sobre pessoas, animais e plantações do Egito”.
23-26Moisés ergueu sua vara na direção ao céu, e o Eterno fez trovejar e cair granizo por entre os relâmpagos. Choveu granizo sobre toda a terra do Egito, e os relâmpagos acentuavam a violência da tempestade. Nunca havia acontecido nada igual no Egito, em toda a sua história. O granizo arrasou o país. Tudo que estava a céu aberto nos campos foi esmagado: pessoas, animais e plantações. Até as árvores nos campos foram derrubadas. A única exceção foi Gósen, onde os israelitas moravam: não caiu granizo na terra deles.
27-28O faraó convocou Moisés e Arão e disse: “Desta vez, pequei, com toda a certeza! O Eterno está com a razão, eu e meu povo é que estamos errados. Orem ao Eterno. Chega de trovões e de granizo mandados pelo Eterno! Vocês estão liberados para ir. Quanto mais cedo saírem, melhor!”
29-30Moisés respondeu: “Assim que eu sair da cidade, vou estender os braços ao Eterno. Os trovões vão cessar, e o granizo deixará de cair, para que você saiba que esta terra pertence ao Eterno. Mesmo assim, sei que você e seus súditos não têm nenhum respeito pelo Eterno”.
31-32(O linho e a cevada, que já haviam amadurecido, foram destruídos, mas o trigo e o centeio escaparam, pois só mais tarde iriam amadurecer).
33Moisés saiu da presença do faraó e da cidade. Então, estendeu os braços ao Eterno. Os trovões e o granizo cessaram, e passou a tempestade.
34-35Dito e feito: ao ver que a chuva, o granizo e os trovões haviam cessado, o faraó continuou em seu pecado, mais obstinado do que nunca, ele e os membros da corte. O coração do faraó estava duro como pedra. Mais uma vez, ele se recusou a liberar os israelitas, como o Eterno havia ordenado por intermédio de Moisés.