1-3O Eterno disse a Moisés: “Agora, vá! É hora de partir. Você e o povo que você tirou da terra do Egito dirijam-se à terra que prometi a Abraão, Isaque e Jacó, dizendo: ‘Eu a darei a seus descendentes’. Enviarei um anjo à sua frente e expulsarei os cananeus, os amorreus, os hititas, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. É uma terra em que manam leite e mel. Mas não estarei com vocês pessoalmente, porque vocês são um povo obstinado, e posso me sentir tentado a destruí-los no caminho”.
4Quando o povo ficou sabendo desse duro veredito, todos ficaram tristes e abatidos. Não quiseram mais nem usar suas joias.
5-6E o Eterno disse a Moisés: “Diga aos israelitas o seguinte: ‘Vocês são um povo teimoso. Eu não poderia acompanhar vocês nem por um minuto, pois sei que os destruiria. Portanto, tirem todas as joias enquanto resolvo o que faço com vocês’”. Assim, do monte Horebe em diante, os israelitas deixaram de usar joias.
7-10Moisés costumava armar a Tenda fora do acampamento, a certa distância dele. Ele a chamava Tenda do Encontro. Quem quisesse consultar o Eterno se dirigia à Tenda do Encontro, fora do acampamento. Era assim: quando Moisés ia para a Tenda, todo o povo ficava observando. Os homens ficavam à entrada da sua tenda, olhando para Moisés, até que ele entrasse na Tenda do Encontro. Assim que ele entrava, a coluna de nuvem descia sobre a entrada da Tenda, e o Eterno falava com Moisés. Todo o povo via a coluna de nuvem na entrada da Tenda, observava com atenção e se curvava para adorar. Cada homem que estivesse à entrada da sua tenda fazia isso.
11E o Eterno falava com Moisés face a face, como um vizinho fala com o outro por cima da cerca. Moisés voltava para o acampamento, mas o jovem Josué, seu auxiliar, não deixava a Tenda.
12-13Moisés disse ao Eterno: “Tu me dizes: ‘Conduza este povo’, mas não me deixas saber quem enviarás comigo. Tu me dizes: ‘Conheço você muito bem, e você é especial para mim. Se sou assim tão especial para ti, permite que eu tome conhecimento dos teus planos. Assim, continuarei sendo especial para ti. Não te esqueças de que este é o teu povo, tua responsabilidade”.
14O Eterno respondeu: “Minha presença irá com você. Eu me encarregarei da viagem até o fim”.
15-16Moisés não concordou: “Se tua presença não assumir a liderança aqui, cancela agora mesmo a viagem. De que outra forma se poderia saber que estás comigo nisso, comigo e com teu povo? Quero saber: viajarás conosco ou não? De que outra forma saberemos que somos especiais, eu e teu povo, entre todos os outros povos da terra?”.
17O Eterno respondeu a Moisés: “Está bem. Será como você disse. Eu também farei isso, pois conheço você muito bem, e você é especial para mim. Eu conheço você pelo nome”.
18Moisés, então, disse: “Por favor, permita que eu veja a tua glória”.
19O Eterno respondeu: “Farei passar minha bondade diante de você. Pronunciarei o nome, o Eterno, bem na sua frente. Tratarei bem os que eu quiser tratar bem e serei bom com quem eu quiser ser bom”.
20O Eterno continuou: “Mas você não poderá ver meu rosto. Ninguém pode me ver e continuar vivo”.
21-23O Eterno disse: “Há um lugar aqui do meu lado. Fique em cima desta rocha. Quando a minha glória passar, porei você na fenda da rocha e o cobrirei com a mão até que eu termine de passar. Então, tirarei a mão, e você me verá pelas costas. Mas não verá o meu rosto”.