1-2Atenção, Israel! Neste exato dia, vocês estão atravessando o Jordão para entrar na terra e desalojar nações muito mais numerosas e fortes que vocês. Vocês encontrarão cidades enormes, muralhas que quase tocam o céu e guerreiros gigantes, os descendentes dos enaquins — vocês já ouviram falar muito deles e conhecem o ditado: “Ninguém pode com os enaquins”.
3Mas, hoje, saibam disto: O Eterno, o seu Deus, está atravessando o rio à frente de vocês, e ele é um fogo consumidor. Ele destruirá as nações e as deixará sob o comando de vocês. Vocês as desalojarão e as eliminarão rapidamente, como o Eterno prometeu.
4-5Mas, quando o Eterno expulsar essas nações, que ninguém comece a pensar consigo mesmo: “Foi por causa da minha bondade que o Eterno me trouxe aqui para desalojar essas nações”. Na verdade, foi por causa de todo o mal que essas nações fizeram. Não se iludam: não foi por nada que vocês tenham feito. Não foi o histórico de decência de vocês que os trouxe para cá, e, sim, a maldade e a depravação dessas nações que o Eterno, o seu Deus, está desalojando diante de vocês, para que ele possa cumprir a promessa feita a seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó.
6-10Jamais se esqueçam disto: Não é por algum bem que vocês tenham feito um dia que o Eterno está dando a vocês a posse dessa boa terra. Tudo, menos isso! Vocês são teimosos como mulas. Nunca se esqueçam de que vocês provocaram a ira do Eterno, o seu Deus, no deserto. Vocês espernearam e gritaram contra o Eterno desde o dia em que saíram do Egito até chegarem a este lugar, foram rebeldes o tempo todo. Vocês deixaram o Eterno tão furioso no Horebe que ele quis destruir vocês. Quando subi ao monte para receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o Eterno fez com vocês, fiquei no monte quarenta dias e noites: não comi nada nem bebi nada. Então, o Eterno me entregou as duas tábuas de pedra, entalhadas pelo dedo do Eterno. Elas continham palavra por palavra de tudo que o Eterno tinha dito a vocês de dentro do fogo no monte, no dia da assembleia.
11-12Foi ao final dos quarenta dias e noites que o Eterno me entregou as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança. Ele me disse: “Volte lá para baixo o mais rápido que puder, porque o povo que você tirou do Egito estragou tudo. Bastaram poucos dias para eles abandonarem a estrada que preparei para eles e se desviarem a ponto de fundir um ídolo para si”.
13-14O Eterno disse: “Olho para esse povo e tudo que vejo são rebeldes cabeças-duras e duros de coração. Saia do meu caminho, para que eu possa destruí-los! Vou varrê-los do mapa! Posso começar de novo com você e formar uma nação muito melhor e maior que essa que esta aí”.
15-17Eu me virei e comecei a descer o monte, e, a essa altura, o monte estava em chamas. Eu levava comigo as duas tábuas da aliança, e foi, então, que eu vi: ali estavam vocês, pecando contra o Eterno, o seu Deus. Vocês haviam feito um ídolo fundido na forma de um bezerro! Vocês abandonaram muito cedo a estrada que o Eterno havia preparado para vocês. Irritado, levantei bem alto as duas tábuas de pedra e joguei-as no chão. Elas se quebraram em pedacinhos diante dos seus olhos.
18-20Em seguida, prostrei-me diante do Eterno, assim como havia feito no começo daqueles quarenta dias e noites em que não comi nem bebi nada. Fiz isso por causa de vocês, em razão de todos os pecados que vocês cometeram contra o Eterno, quando fizeram o que era mau aos olhos do Eterno e provocaram a sua ira. Fiquei apavorado, com medo da fúria do Eterno, da sua cólera ardente. Eu tinha certeza de que ele iria destruir vocês. Mas o Eterno me ouviu mais uma vez. E Arão, como o Eterno ficou furioso com ele! Queria acabar com ele também. Mas orei também por Arão, na mesma ocasião.
21Mas aquela coisa pecaminosa que vocês fizeram, aquele ídolo em forma de bezerro, eu o peguei e queimei no fogo, o triturei e moí até que se tornasse um fino pó e, depois, joguei-o no rio que desce do monte.
22E aí, vieram os acampamentos em Taberá (Fogo), Massá (Lugar de Teste) e Quibrote-Hataavá (Túmulos dos Desejos) — mais ocasiões em que vocês deixaram o Eterno furioso.
23-24A ocasião mais recente foi quando o Eterno enviou vocês de Cades-Barneia, ordenando: “Vão e tomem posse da terra que estou dando a vocês”. E o que foi que vocês fizeram? Vocês se rebelaram! Vocês se rebelaram contra as ordens claras do Eterno, o seu Deus. Vocês se negaram a confiar nele, simplesmente se recusaram a obedecer. Vocês têm sido rebeldes contra o Eterno desde que os conheci.
25-26Eu estava com o rosto no chão, prostrado diante do Eterno naqueles quarenta dias e noites, depois de o Eterno ter dito que iria destruir vocês, e intercedi por vocês: “Meu Senhor, ó Eterno, não destruas o povo, a herança que, por tua imensa generosidade, resgataste, usando teu inigualável poder para tirá-los do Egito.
27-28“Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Jacó. Não olhes para a teimosia deste povo, nem para o pecado deles, do contrário, os egípcios, de quem os resgataste, dirão: ‘O Eterno falhou. Ele se cansou no caminho e não conseguiu levar seu povo para a terra que havia prometido a eles. Acabou enjoando deles e os deixou para morrer no deserto’.
29“Eles ainda são teu povo, tua herança que resgataste de forma poderosa e soberana”.