1Cheguei ao meu jardim, minha noiva, minha amada! Senti a doce fragrância. Desfrutei o mel e a fruta, bebi o néctar e o vinho. Celebrem comigo, amigos! Levantem suas taças: “À vida! Ao amor!”.
2Enquanto eu dormia, em meus sonhos estava bem acordada. Ouçam! É o meu amado batendo! Ele me chama!
2“Deixe-me entrar, meu bem, minha querida, minha amada, amor da minha vida! Estou encharcado de orvalho, de sereno, tremendo de frio”
3“Mas já me troquei. Estou pronta para me deitar. Será que tenho de me levantar agora?”
4-7Mas meu amado é persistente, não desiste facilmente. Enquanto ele batia, disparava o meu coração. Arrependida, levantei-me para abrir a porta, ansiosa para recebê-lo. Ofegante e trêmula, abri a porta. Que tristeza! Ele tinha ido embora. Cansado de esperar, meu amado se foi. Eu quase morri! Então, saí correndo, procurando por ele. Para o meu desespero, não o encontrei. Gritei na escuridão, mas só houve silêncio. Os guardas me encontraram quando faziam a ronda noturna. Eles me bateram e me feriram. Logo os guardas da cidade!
8Peço a vocês, amigas de Jerusalém: se encontrarem o meu amado, Por favor, digam-lhe quanto o quero, digam que estou desfalecendo de amor!
9O que há de tão fascinante em seu amado, linda mulher? O que há de tão especial nele, para que você implore nossa ajuda?
10-16Meu amado é cheio de vida e vigor! Ele é único! Incomparável! Não há ninguém como ele! Seus cabelos atraem-me com seus cachos negros. Seus olhar é profundo e cativante, e transbordam de amor, como ricas fontes. Seu rosto segreda-me doce ternura e inabalável segurança. Sua voz, ah, que voz! Suas palavras satisfazem plenamente o íntimo do meu ser. Seus braços fortes sobressaem. Seu corpo é como obra de um escultor, toda feita de marfim. Ele é elegante como um cedro, e suas pernas são como colunas de mármore. Sua boca é pura doçura! Tudo nele me encanta! Esse é o meu amado, o meu querido, amigas de Jerusalém.